CUSCUZ TABAJARA

Kuz-kuz ou alcuzcuz é prato nacional dos mouros da África Setentrional. Inicialmente era feito com arroz ou sorgo, e passou a ser de milho americano (Zea mayz) quando este irradiou-se pelo mundo por volta do século XVI. Para outros autores, o cuscuz é de origem árabe. No Brasil Colonial, o cuscuz era a manutenção de famílias pobres e circulava entre os consumidores modestos. Julgava-se comida de negros, trazida pelos escravos, porque provinha do trabalho obscuro e era vendido em tabuleiros, pelos mestiços, filhos e netos de cuscuzeiras anônimas.

No Brasil, há dois tipos de cuscuz: o do Centro-Sul e o do Nordeste. Em ambos, a massa é de milho. O cuscuz paulista e mineiro constitui uma refeição substancial e é feito com farinha de milho, recheado com camarão, peixe ou frango e com molho de tomate. O cuscuz nordestino é uma massa de milho (usa-se a fubá) temperada com sal, cozida no vapor de água e depois umedecida com leite de coco. Cuscuz com manteiga é prato matinal ou da ceia da noite.

Aqui na Bahia, em Feira de Santana, é produzida uma fubá de milho que pra nós (eu e Luciano) é especial. Tem gosto de infância, família e interior. Falo isso porque em Salvador é difícil encontrar a fubá Tabajara (não confundir com os produtos das "Organizações Tabajara" by Casseta e Planeta!! :-) ). Porém pode ser encontrada em casas de produtos naturais como o Grão de Arroz. Segue a receita do cuscuz:

Ingredientes:

1/2 kg de creme de milho Tabajara
3 colheres de sopa de açúcar
1/2 colher de chá de sal
1 colher de sopa de goma ou farinha de mandioca
1 e 1/2 xícara de chá de água

Modo de preparo:

Coloque todos os ingredientes secos numa tigela e vá adicionando a água até obter uma mistura úmida e solta. Passe a mistura em uma peneira fina e coloque no cuscuzeiro levemente, sem pressionar. Leve ao fogo até o aroma se espalhar pelo ambiente. Sirva com manteiga.

Referências:

CUSCUZ. In: Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cuscuz. Acesso em 14 abr. 2007.

SOUZA, M.D.C.A. e HARDFT, P.P. Evolução dos hábitos alimentares no Brasil. Brasil Alimentos, n. 15, 2002. 

Nota de Luciano: Não se pode deixar de fazer referência a Mame Blue aqui, já que ela foi a reponsável por criar em mim um gosto especial pelo cuscuz feito com está marca de fubá. Mesmo quando, na cidade onde estávamos morando, ela não achava um lugar onde encontrar a Tabajara, sempre dava um jeito: pedia pra uma amiga, comprava em grande quantidade e estocava, etc. Enfim, sempre tínhamos um legítimo cuscuz Tabajara fazendo a festa do café da manhã ou da noite (e isso, muito antes de Bussunda e sua turma criarem a organização homônima). Já comi cuscuz feito com muitos outros tipos e marcas de fubá, mas igual à Tabajara, não há. E Val, há muito, concorda comigo. Só espero que depois desse comercial, o fabricante resolva nos presentear com uma bela guarnição para o nosso estoque :-).

Comentários

Jussara Nogueira disse…
Adoro esse cuscuz! Estou fazendo agora!! Mas como gosto mais grudentinho, coloco mais goma.